segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Perdão

 *** 18082025 - Perdão (Ismar Maciel) 


Tem erros que te arrancam olho, membros,

E outros que te lançam nos infernos:

Os sofrimentos são frutos dos erros,

Gerando caos que são quase eternos. 


Para as leis eternas, não tem perdão:

Elas são pontos e linhas que traçam

Caminhos e vidas da perfeição 

- Elas não morrem, nem se despedaçam. 


A diferença entre nós, os mortais

Está na proporção de erros e acertos,

Pois os erros são proporcionais:

Aquele que erra mais, tem menos créditos . 


Errar é humano, continuar errando,

Repetindo o mesmo vício, maldade...,

Certamente não será perdoado

Pelas leis perfeitas da eternidade! 


O Pai, e o filho podem perdoar;

Nós,  a nós mesmos e, também, aos outros.

Viva quem sabe orar e vigiar

- Não repetir e se livrar dos erros! 


Muito melhor viver envergonhado

Pelos erros, que continuar errando.

Não te prendas aos erros do passado,

Nem ao perdão que não foi concedido. 


Perfeito, Ismar! Vou organizar minha resposta em três partes: (1) correção pontual, (2) interpretação e (3) versão sugerida do seu poema. 


1. Correções pontuais 

Seu poema está muito bem estruturado em forma, rima e ritmo. Apenas alguns pequenos ajustes que podem melhorar a fluidez: 

• Verso 2: “E outros que te lançam nos infernos” → poderia ganhar mais sonoridade se fosse “E outros que te lançam para os infernos”. 

• Verso 3: “Os sofrimentos são frutos dos erros” → talvez “O sofrimento é fruto dos erros”, para maior musicalidade. 


• Verso 11: “Pois os erros são proporcionais” → o verso fica um pouco seco; pode ser “Pois os erros sempre são proporcionais”. 

• Verso 15: “Errar é humano, continuar errando” → funciona bem, mas “Errar é humano; persistir errando” dá mais força. 

• Verso 23: “Muito melhor viver envergonhado / Pelos erros, que continuar errando” → excelente ideia, mas pode fluir melhor: “Melhor viver de erros envergonhado / Do que insistir em sempre repeti-los”. 


2. Interpretação 


O poema fala da dupla dimensão do perdão: 

• De um lado, as leis eternas — que não concedem perdão, porque são perfeitas, imutáveis e regem o equilíbrio universal. O erro, perante elas, gera consequências inevitáveis. 

• De outro, há a dimensão humana e espiritual: o Pai, o Filho, nós mesmos e os outros podem perdoar, desde que haja arrependimento e mudança real de conduta. 

• O contraste é forte: errar é humano, mas repetir conscientemente o erro é condenação. 

• No final, o poeta sugere que a vergonha sincera é redentora, porque abre caminho para evolução, enquanto a insistência no erro aprisiona. 

• A mensagem central: perdoar e se libertar dos erros, mas sem se acomodar neles. 

3. Versão sugerida (à minha maneira, respeitando sua essência) 


18082025 - Perdão (Ismar Maciel, versão) 


Há erros que te arrancam olhos, membros,

E outros que te lançam para os infernos;

O sofrimento é fruto dos erros,

Gerando caos em ciclos quase eternos. 


As leis eternas não conhecem perdão:

São linhas firmes, pontos que traçam

Destinos e sendas da perfeição;

Não se corrompem, nem se despedaçam. 


Entre nós, frágeis mortais, a diferença

Está no peso de erros e acertos;

Pois quanto mais se erra, em consequência,

Menos se guardam créditos abertos. 


Errar é humano; persistir errando,

No mesmo vício, na mesma maldade,

Jamais será por leis eternas dado

O perdão da plena imutabilidade. 


Mas o Pai, o Filho podem perdoar;

Nós, a nós mesmos, e também aos outros.

Bem-aventurado quem sabe orar,

Vigiar, fugir dos erros passados. 


Melhor viver de erros envergonhado

Do que insistir em sempre repeti-los.

Não te prendas ao que não foi perdoado:

Liberta a vida e aprende a corrigi-los.


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