🕊️ Comentário e interpretação
O soneto tem o tom de uma prece universalista, em que o eu lírico roga não por bênçãos materiais, mas pela libertação dos males internos (maldade, ignorância, vício) e pela sintonia com as energias cósmicas — uma união entre moral, espiritualidade e sabedoria.
Há uma clara estrutura ascendente: começa no plano humano (livrar-se das mazelas), passa pelo plano moral (aprender e praticar a verdade) e culmina no plano cósmico (viver em êxtase com os céus eternos). Essa progressão reflete bem a ideia de evolução espiritual, recorrente em sua obra.
🌟 Versão revisada e à minha maneira
17102025 – Oração
(versão inspirada em Ismar Maciel)
Ó Pai Maior! Livrai-me das maldades,
Da ignorância, vícios, ilusões;
Purificai-me em luz, nas verdades,
Que elevam consciências e corações.
Fazei que eu cumpra bem minha jornada,
Servindo à vida em paz e em harmonia;
Na fonte onisciente e revelada,
Onipresente em toda a energia.
Que eu busque o justo, o puro, o equilíbrio,
Nas leis sagradas da razão divina;
Vença os infernos, transmute o declínio,
E em êxtase de amor, alma cristalina,
Com os céus eternos vibre em uníssono —
Ser e Luz — na ascensão que ilumina!
🔶 Síntese interpretativa
Este soneto é uma oração pela elevação integral do ser — ética, espiritual e energética.
O “Pai” aqui não é apenas o Deus antropomórfico, mas a Consciência Universal, a essência do Todo.
A oração se torna, assim, uma meditação ativa: o poeta não espera, age — busca aprender, purificar-se e vibrar em sintonia com as leis do cosmos.
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