quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Selva de Pedras

 *** Do livro SELVA DE PEDRAS (Ismar Maciel) 


Os gastos estão pequenos, garotos! Vegetariano sem consumismo e apenas com o necessário. 

Vergonha de andar com roupa simples? Não! É muito pouco inteligente andar para os olhos dos outros... Gastar para satisfazer os olhos e desejos dos outros? Ter que perder tempo, trabalhando muito e se estressando pra ganhar dinheiro para ter roupas bonitas, comidas caras, carros, casas luxuosas e o que o valha, para atender a língua, olhos, inveja e elogios dos outros... Não é inteligente! 

Inteligente é gostar do mais simples, mais útil, necessário para o corpo e para o espirito ficarem equilibrados e em paz; é curtir os minerais, vegetais e animais livres na natureza, seus desenhos, cores, texturas, estruturas, ares, espaços... ; fugir do luxo e vícios que transformam o indivíduo em escravo do trabalho e dos valores que não têm virtudes ou libertam o corpo e espírito das coisas mortais, materiais que falsificam a vida, a felicidade e invertem o BEM estar e o próprio AMOR. 

Amar a si é aprender viver simples como a natureza, mesmo na selva de pedras onde o luxo tem grande valor... O mundo artificial criado por nós é perigosíssimo e escravisa qualquer racional despreparado que quer se aparecer nele ao lado do seus poderes e valores. É muito pouco inteligente ser escravo dos valores da selva de pedra, pois ela é uma forma de energia passageira, ilusória, escravagista e muito perigosa... Nossos instintos saíram da selva natural, uniram -se com as ignorâncias (brutais, ingenuas) e as maldades e criaram um reino, artificializando tudo, dando vazão aos desejos, ambições, orgulho, enfim, aos poucos inteligentes valores que escravizam da pior forma até os doutores ou mais experientes e "inteligentes" humanos.

A selva de pedra tem todos os bichos que têm na selva natural, porém têm apenas dois pés e um cérebro avantajado que o classifica como ser racional e são chamados de humanos... (cont.)



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